A coluna vertebral possui 33 vértebras e abriga um delicado órgão que serve de ligação entre a cérebro e o corpo - a medula espinhal. Nossa coluna promove a flexibilidade e a resistência necessária para realizar os inúmeros movimentos que somos capazes de fazer.
Infelizmente, muitas pessoas não se cuidam apropriadamente e desenvolvem hábitos que serão prejudiciais as suas costas. Daí a frequente incidência de dores nas costas - 60 a 80% das pessoas irão padecer de dores na coluna em algum momento de suas vidas. Mas muitas delas poderiam evitar esse mal observando a correta postura e alguns cuidados bem simples como exercícios e evitando carregar pesos excessivos.
Muitas vezes as dores nas costas serão passageiras, durando em média 10 dias e não representarão limitações ao indivíduo. No entanto, se as dores forem recorrentes e fortes, devemos sempre procurar um especialista.
O diagnóstico de dor nas costas pode representar um desafio tanto para médicos como pacientes já que a dor é, também, um experiência subjetiva e individual. Muitas das condições dolorosas podem não ser detectáveis por nenhum exame complementar, restando apenas o ato médico para o diagnóstico. A síndrome miofascial (já abordada neste blog) é um perfeito exemplo de condição dolorosa cujo diagnóstico é essencialmente clínico.
As dores nas costas também podem se localizar em diferentes pontos da coluna, ou em sua proximidade, exibindo diferentes caraterísticas (em peso, choque, queimação) associada, ou não, a irradiação para outras partes do corpo. Cada uma destas informações é fundamental para o diagnóstico médico. Assim, é fundamental que a consulta seja conduzida sem pressa, por um profissional experiente e capacitado.
Vejamos alguns exemplos de dores nas costas:
Cervicalgia - é a dor localizada no pescoço, muitas vezes associada a rigidez por esforços musculares repetitivos ou vícios posturais.

Lombalgia - é a dor que se localiza na região lombar. De longe o tipo mais frequente de dor nas costas, podendo ter inúmeras causas. Cabendo ao especialista a avaliação da possível ocorrência de cada uma delas.

Fumar leva a uma circulação sanguínea menos eficaz propiciando dores musculares e menor hidratação dos discos vertebrais.
Um aumento moderado do peso corporal leva uma sobrecarga bem maior do que a coluna habitualmente tem de suportar, levando ao maior desgaste de todos os seus componentes e ao estresse da musculatura paravertebral. Da mesma forma, carregar peso excessivo, ou de forma inapropriada, contribui para esse mecanismo.
Muitas vezes não nos damos conta que realizamos diversos movimentos de forma inapropriada. Não é incomum que os pacientes nos contem histórias de dores súbitas após movimentos simples como levantar de uma cadeira ou pegar uma criança no colo.
Ter uma boa postura e consciência corporal a realizar mesmo os movimentos mais simples, pode ser de grande ajuda na prevenção de dores agudas e na atenuação das crônicas. Em casos mais graves pode ser necessária a reeducação postural supervisionada por profissionais capacitados.
Diversos são os tratamentos para as dores na coluna. Entre eles destacamos a eficácia da Neuroporação, do Coreback (Terapia Dinâmica da Coluna Vertebral) e da Terapia de Pontos Gatilho, tão importantes no tratamento conservador das hérnias de disco.
Mas o que fazer sobre o avanço da idade? De fato nada podemos contra a ação do tempo. Contudo, observar os devidos cuidados ao longo do tempo levará a um menor desgaste dos elementos da coluna e a um ganho de qualidade de vida ao longo dos anos. Da mesma forma, o combate permanente ao sedentarismo promoverá um ganho extra na força muscular, na flexibilidade e na circulação corpórea ao longo dos anos em comparação aos indivíduos que não praticam atividade física.

Atenção!
Se você sente dores fortes nas costas com frequência superior a 3 vezes no ano, se estas duram mais que 10 dias ou está com um dor aguda intensa que não cedeu ao uso de uma ou duas doses de analgésico:
PROCURE UM MÉDICO ESPECIALISTA!
Diversos casos agravam desnecessariamente pela demora em procurar o atendimento apropriado ou na aplicação de tratamentos inadequados às patologias que hora se apresentam.
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