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sábado, 30 de julho de 2011

Fasciíte Plantar Crônica - A eficácia do Ultra-som Contínuo

No intuito de partilhar uma informação segura sobre o tratamento dessa síndrome álgica, apresentamos esta postagem para divulgá-la.

A fasciíte plantar (FP) é uma síndrome degenerativa da fáscia plantar que atinge cerca de 10% da população em pelo menos num momento da vida. A causa mais comum é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que aplainam o arco longitudinal do pé. A inflamação ocorre por microtraumatismos de repetição na origem da fáscia plantar sobre a tuberosidade medial calcanear e pode resultar em fibrose e degeneração.


O tratamento é simples porém longo, podendo durar até 18 meses. Algumas intervenções como o uso da acupuntura não se revelaram mais eficazes que outros métodos conservadores como a fisioterapia e alongamento (que são capazes de reduzir até em 50% a dor dos pacientes).
Um estudo realizado pelo Instituto de Ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo avaliou a eficácia do ultra-som contínuo no tratamento desta patologia e concluiu que o método não foi eficaz ao reduzir a dor dos pacientes acometidos.


Abaixo disponibilizamos do resumo do trabalho e deixamos o link para o acesso ao estudo na íntegra.
  
RESUMO
Neste trabalho avaliou-se a eficácia do ultra-som contínuo e
alta intensidade como tratamento na fasciíte plantar. Foram
avaliadas 22 pessoas, com dor a mais de seis meses, através
de questionário funcional e escala visual para a dor no
primeiro apoio matinal. Vinte e sete pés foram distribuídos
nos grupos: grupo 1 (alongamento + ultra-som desligado) e
grupo 2 (alongamento + ultra-som 2 w/cm²). Após 15 sessões
de tratamento, foi realizada análise dos valores absolutos e
das porcentagens de melhora das variáveis coletadas. Houve
melhora funcional para os dois grupos, sem diferença entre
eles. A análise dos valores absolutos de intensidade de dor
(primeira, oitava e última sessão) mostrou semelhança entre
os grupos. A porcentagem de melhora nas 15 sessões não
apresentou diferença entre os grupos. Esta porcentagem também
foi calculada para dois períodos (antes e após a oitava
sessão). Notou-se que a porcentagem de melhora das 15
sessões do grupo2 (46,5%) foi inferior à porcentagem das oito
primeiras sessões do grupo1 (54,6%). Portanto, o ultra-som
contínuo com alta intensidade não acrescentou ganhos em
relação à função e à dor; além disso, apenas a realização de
alongamentos específicos foi eficaz para a redução de mais
de 50% da dor na fasciíte plantar crônica.
Aturores:  RENATA GRACIELE ZANON, ADRIANA KUNDRAT BRASIL, MARTA IMAMURA