A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono é uma condição médica importante por causa de sua morbidade e mortalidade, acomete preferencialmente indivíduos obesos e se caracteriza pela parada (apnéia) ou redução (hipopnéia) da respiração, podendo ocorrer até centenas de vezes durante o sono.
É uma doença crônica, progressiva, incapacitante e afeta principalmente o coração. Atinge mais homens de meia-idade mas as mulheres podem ser acometidas após a menopausa. Sua incidência é maior com o avanço da idade e em indivíduos obesos. Mas vale lembrar que ela pode ocorrer em qualquer idade. Metade dos obesos mórbidos podem sofrer deste mal.
Durante a noite o paciente apresenta roncos, pausas respiratórias, sono agitado (despertando várias vezes), suores e a necessidade frequente de se levantar para urinar. É comum que o parceiro(a) relate que o ronco, antes contínuo, apresenta-se interropido por frequentes paradas na respiração.

A sonolência excessiva é provocada pelos despertares breves após cada pausa na respiração que, em geral, não são lembrados pelo paciente. Eles fragmentam o sono, você dorme mal mesmo tendo dormindo muito.
As dores de cabeça ocorrem porque as paradas na respiração levam ao acúmulo de gás carbônico no organismo, levando a uma dilatação dos vasos sanguíneos. As dores geralmente desaparecem em algumas horas após o despertar. Pode ocorrer aumento da pressão arterial sistêmica durante o sono causando dores na região da nuca.
Problemas de memória e atenção são causados pela sonolência excessiva e melhoram com o tratamento. A sonolência excessiva e os roncos altos causam desajustes conjugais, familiares e profissionais.
Muitos são os relatos de separações, de dificuldades no trabalho e sintomas depressivos. O risco de acidentes automobilísticos por causa da sonolência é 2 a 7 vezes maior nestes pacientes do que na população normal.

Os roncos são o resultado de uma "flacidez" do céu da boca e pode acabar levando ao colapso (fechamento) ocasional das vias aéreas superiores. Este colapso é o produto final de problemas anatômicos e funcionais, que acabam fazendo a base da língua e o palato mole (parte de trás do céu da boca) fecharem a passagem do ar na faringe.
Quando não respiramos o nível de oxigênio do sangue cai e o corpo reage com um despertar repentino para a reabertura das vias respiratórias.
Quando não respiramos o nível de oxigênio do sangue cai e o corpo reage com um despertar repentino para a reabertura das vias respiratórias.
Mas o que mais acontece quando deixamos de respirar?
A diminuição do oxigênio e o acúmulo de gás carbônico no sangue ativam mecanismos do nosso corpo que estimulam vigorosamente o reflexo respiratório. É a mesma sensação sentida quando tentamos prender o fôlego. Dá uma vontade irresistível de respirar! Seus músculos respiratórios são comandados involuntariamente ao trabalho. Durante o sono isso ocorre até que a pessoa desperte e respire - imaginem o estresse de uma noite inteira repetindo centenas de vezes esse processo!!!
As reações de despertar provocam uma hiperatividade neurológica, podendo causar arritmias cardíacas que modificam subitamente o fluxo sanguíneo em todo o corpo. E isso ocorre a cada pausa na respiração durante o sono. É como dormir sufocando aos poucos...
Com o tempo essas alterações físicas passam a ocorrer durante o período acordado e o indivíduo pode se tornar hipertenso. Um teste simples de monitorização da pressão durante o sono revela que a pressão arterial se mantém alta, enquanto indivíduos que não sofrem com SAOS mostram pressão arterial normal enquanto dormem.
(Diversos estudos mostram que pessoas que sofrem de SAOS sofrem mais infartos, AVC e morte súbita).

As reações de despertar provocam uma hiperatividade neurológica, podendo causar arritmias cardíacas que modificam subitamente o fluxo sanguíneo em todo o corpo. E isso ocorre a cada pausa na respiração durante o sono. É como dormir sufocando aos poucos...
Com o tempo essas alterações físicas passam a ocorrer durante o período acordado e o indivíduo pode se tornar hipertenso. Um teste simples de monitorização da pressão durante o sono revela que a pressão arterial se mantém alta, enquanto indivíduos que não sofrem com SAOS mostram pressão arterial normal enquanto dormem.
(Diversos estudos mostram que pessoas que sofrem de SAOS sofrem mais infartos, AVC e morte súbita).
O diagnóstico da SAOS é feito através de um estudo do sono - a Polissonografia. O indivíduo é monitorado durante o sono e cada alteração física é registrada e caracterizada durante 6 a 8 horas. Assim a SAOS é classificada pela intensidade e severidade.
O tratamento poderá incluir métodos comportamentais, medicamentosos, cirúrgicos e/ou o uso de aparelhos de previnam a parada na respiração.
Mas vale sempre a pena lembrar pequenas dicas como:
O tratamento poderá incluir métodos comportamentais, medicamentosos, cirúrgicos e/ou o uso de aparelhos de previnam a parada na respiração.
Mas vale sempre a pena lembrar pequenas dicas como:
- Perder peso
- Moderar o consumo de álcool
- Evitar dormir de barriga para cima
- Evitar comer muito antes de dormir
- Elevar a cabeceira da cama