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domingo, 11 de dezembro de 2011

Meu filho tem Síndrome de Down.

Meu filho tem Síndrome de Down...

Eu me lembro bem do momento do seu nascimento. Estávamos na sala de cirurgia, vinhamos realizando o pré-natal corretamente, esperávamos apenas o momento de seu nascimento mas ignorávamos sua condição genética. Muitas pessoas não sabem mas, estatisticamente, 10% dos casos de síndrome de down  não são diagnosticados durante o pré-natal pois seus exames de rotina são aparentemente normais.

Estávamos lá, aguardando a nova vida como todos os pais aguardam. E já no primeiro instante vi seu rosto pequenino e tão singular...

Senti-me calmo, confesso. Tive preocupações mais práticas oriundas do conhecimento adquirido como médico. Haveriam problemas cardíacos? Corria meu filho algum risco à sua vida tão recente? Aguardei com tranquilidade o primeiro exame pediátrico e o segui até o berçário onde, em primeira abordagem, tudo parecia bem.

Segui para o quarto onde aguardavam meus familiares, com a incumbência de dar uma inesperada notícia. Confesso que em mim não havia tristeza naquele momento, mas sim um grande alívio por saber que meu filho não possuía problemas graves à sua saúde como tantas outras crianças possuem ao nascer com síndrome de Down.

Ao caminhar pelos corredores do hospital pensei nas inúmeras vezes em que portei as mais diversas notícias aos familiares de meus pacientes. Sempre busco ser humano nessas horas e dar o conforto aos meus semelhantes com carinho e tranquilidade. Mas pela primeira vez eu portava notícias para minha família e por mais que quisesse não poderia confortá-los como gostaria.

Andando fui pensando nas tantas coisas necessárias a essas crianças para seu desenvolvimento, havia tanto a ser feito. Havia tanto a ser aprendido...

Lembro-me que ao chegar no quarto encontrei meus pais e minhas irmãs. Estava tudo a meia luz e por um breve instante olhei para eles e soube que nos lembraríamos daquele momento para o resto de nossas vidas. Pedi a Deus que eles aceitassem o que eu iria dizer da melhor maneira possível.

Traquilamente eu disse: - Correu tudo bem. Ela está se recuperando da anestesia e o bebê passa bem. Está no berçário recebendo os primeiros cuidados. Tem peso normal e chorou ao nascer. Mas há uma condição que vocês precisam saber. (fiz uma breve pausa) O bebê tem síndrome de Down.

(e aguardei...)

Houve um pequeno silêncio. Vi meus pais com uma expressão que nunca havia visto antes em seus rostos. Não era tristeza, não era surpresa. Hoje penso naquela expressão como o momento em que se reorganizam as idéias e os sentimentos.

Uma de minhas irmãs chorou. E eu perguntei olhando para seus olhos marejados: - Por que choras? Não ouviu eu dizer tranquilamente que o bebê está bem e fora de risco? Está tudo bem, meu filho está vivo e tem Down. Será uma criança com necessidades especiais mas o importante é que neste momento ele está bem. Dei-lhe um sorriso e um abraço. Não sei porque não chorei com ela. Talvez o imenso amor que recebo de minha família tenha se tornado ainda mais forte e presente naquela noite. Sentia-me capaz, sabia que era um pai experiente mas aquela noite me devolveu a sensação de estar apenas no começo de um longo caminho.

Nada te prepara para esses momentos e não como dizer como você irá reagir.

Há os que sofrem declaradamente, há os que fingem que nada aconteceu. Decerto uma só verdade, todos mudaremos irrevogavelmente e não há um caminho fácil a ser percorrido.

Hoje já fazem 8 anos. Foram muitas sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Muitas consultas em diferentes especialidades e um aprendizado constante. Sempre vivendo o dia de hoje, a maior lição que aprendi com ele! E hoje foi um ótimo dia, pois está tudo bem!

Como todo pai guardo com carinho as lembranças de cada pequena conquista deste e de todos os meus filhos, que graças a Deus são muitas. Mas digo a todos com toda a calma que pai nenhum comemora a deficiência de um filho. Tampouco, nós pais de crianças com necessidades especiais, ignoramos essa realidade quando pedimos que nossos filhos sejam vistos com igualdade por todos. Só pedimos respeito e aceitação. Para que nossos filhos além de lutar para aprender a andar, falar e escrever, não tenham que lutar também contra uma declarada desigualdade de tratamento em um mundo que se denomina solidário mas muitas vezes apenas esconde sua pena e preconceito.

Eu tenho consciência de todas as limitações e potenciais do meu filho. Sei que pela lógica sua vida será mais breve que a minha, mas, por alguma razão que me escapa a total compreensão, sinto que ele é mais livre do que eu. Livre de preconceito, livre da maldade e de tantas outras preocupações banais que assolam o mundo saudável tão vazio que o cerca.

Filho, eu te amo.

Com amor papai.


Obs: Existe um livro muito interessante chamado "Cadê a Síndrome de Down que estava aqui? O gato comeu!". É o simples relato de um casal que também teve de usar de toda a sua criatividade e dedicação para que seu filho desenvolvesse todo seu potencial.
A literatura sobre síndrome de Down numa linguagem simples para os pais é escassa e seria uma ótima idéia que livros assim fossem disponibilizados para a compra no formato de ebook´s.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aprovada a PEC da Saúde!

Na noite de 07/12/2011, o senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Saúde. A proposta tramitava desde 2007 e muda a forma como a União, Estados e Municípios contribuem com o orçamento da saúde.

Com a PEC da Saúde, estados e municípios passarão a investir mais na saúde destinando minimamente 12% e 15% respectivamente de suas receitas. A União fica obrigada a investir todo o valor a cada ano não havendo qualquer forma de reserva ou acúmulo.

Mesmo não sendo aprovada a contribuição de 10% do PIB, o acréscimo do orçamento da saúde será de R$ 10 bilhões aproximadamente.

Há quem discorde sobre a maior participação dos estados e municípios. Mas devemos lembrar que haverá uma compensação para os mesmos no orçamento da Educação. Por outro lado várias são as despesas que não são consideradas gastos com a saúde e, portanto, não podem ser financiadas pelo novo orçamento. Entre elas pagamentos de salários, serviços prestados ao SUS e campanhas educativas em saúde.

Por fim, e não menos importante, foi rejeitada a criação da Contribuição Social para Saúde (CCS) - uma nova CPFM. Talvez não pelo excesso de consciência de nossos senadores mas sim pelo temor de terem suas imagens associadas a criação de uma nova carga tributária justo tão perto de um ano eleitoral...

Parece-me que entre interesses políticos e muita burocracia, pelo menos demos um passo adiante na área da saúde. Lamentamos que tal investimento não possa ser utilizado para melhorar a remuneração dos profissionais que nela atuam.

sábado, 26 de novembro de 2011

Roncos, sonolência excessiva, dores de cabeça pela manhã, dificuldade de concentração, irritabilidade, frigidez, tristeza ou ansiedade? Cuidado! Você pode sofrer de Apnéia do Sono!!!

A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono é uma condição médica importante por causa de sua morbidade e mortalidade, acomete preferencialmente indivíduos obesos e se caracteriza pela parada (apnéia) ou redução (hipopnéia) da respiração, podendo ocorrer até centenas de vezes durante o sono.

É uma doença crônica, progressiva, incapacitante e afeta principalmente o coração. Atinge mais homens de meia-idade mas as mulheres podem ser acometidas após a menopausa. Sua incidência é maior com o avanço da idade e em indivíduos obesos. Mas vale lembrar que ela pode ocorrer em qualquer idade. Metade dos obesos mórbidos podem sofrer deste mal.

Durante a noite o paciente apresenta roncos, pausas respiratórias, sono agitado (despertando várias vezes), suores e a necessidade frequente de se levantar para urinar. É comum que o parceiro(a) relate que o ronco, antes contínuo, apresenta-se interropido por frequentes paradas na respiração.

Pela manhã há sonolência excessiva, dores de cabeça, déficits neuro-cognitivos, alterações de personalidade, redução da libido, sintomas depressivos, ansiedade.

A sonolência excessiva é provocada pelos despertares breves após cada pausa na respiração que, em geral, não são lembrados pelo paciente. Eles fragmentam o sono, você dorme mal mesmo tendo dormindo muito.

As dores de cabeça ocorrem porque as paradas na respiração levam ao acúmulo de gás carbônico no organismo, levando a uma dilatação dos vasos sanguíneos. As dores geralmente desaparecem em algumas horas após o despertar. Pode ocorrer aumento da pressão arterial sistêmica durante o sono causando dores na região da nuca.

Problemas de memória e atenção são causados pela sonolência excessiva e melhoram com o tratamento. A sonolência excessiva e os roncos altos causam desajustes conjugais, familiares e profissionais.


Muitos são os relatos de separações, de dificuldades no trabalho e sintomas depressivos. O risco de acidentes automobilísticos por causa da sonolência é 2 a 7 vezes maior nestes pacientes do que na população normal.

Os roncos são o resultado de uma "flacidez" do céu da boca e pode acabar levando ao colapso (fechamento) ocasional das vias aéreas superiores. Este colapso  é o produto final de problemas anatômicos e funcionais, que acabam fazendo a base da língua e o palato mole (parte de trás do céu da boca) fecharem a passagem do ar na faringe.


Quando não respiramos o nível de oxigênio do sangue cai e o corpo reage com um despertar repentino para a reabertura das vias respiratórias. 

Mas o que mais acontece quando deixamos de respirar?


diminuição do oxigênio e o acúmulo de gás carbônico no sangue ativam mecanismos do nosso corpo que estimulam vigorosamente o reflexo respiratório. É a mesma sensação sentida quando tentamos prender o fôlego. Dá uma vontade irresistível de respirar! Seus músculos respiratórios são comandados involuntariamente ao trabalho. Durante o sono isso ocorre até que  a pessoa desperte e respire - imaginem o estresse de uma noite inteira repetindo centenas de vezes esse processo!!!


As reações de despertar provocam uma hiperatividade neurológica, podendo causar arritmias cardíacas  que modificam subitamente o fluxo sanguíneo em todo o corpo. E isso ocorre a cada pausa na respiração durante o sono. É como dormir sufocando aos poucos...


Com o tempo essas alterações físicas passam a ocorrer durante o período acordado e o indivíduo pode se tornar hipertenso. Um teste simples de monitorização da pressão durante o sono revela que a pressão arterial se mantém alta, enquanto indivíduos que não sofrem com SAOS mostram pressão arterial normal enquanto dormem.


(Diversos estudos mostram que pessoas que sofrem de SAOS sofrem mais infartos, AVC e morte súbita). 

O diagnóstico da SAOS é feito através de um estudo do sono - a Polissonografia. O indivíduo é monitorado durante o sono e cada alteração física é registrada e caracterizada durante 6 a 8 horas. Assim a SAOS é classificada pela intensidade e severidade.


O tratamento poderá incluir métodos comportamentais, medicamentosos, cirúrgicos e/ou o uso de aparelhos de previnam a parada na respiração.


Mas vale sempre a pena lembrar pequenas dicas como:

  • Perder peso
  • Moderar o consumo de álcool
  • Evitar dormir de barriga para cima
  • Evitar comer muito antes de dormir
  • Elevar a cabeceira da cama

domingo, 20 de novembro de 2011

Manicure e Pedicure! O risco da micose...

Foto cedida por @margaretss

Toda mulher adora fazer as unhas! E, bem verdade, alguns homens também...

As razões variam, vão desde a vaidade até o simples cuidado com o corpo. Mas será que todo mundo sabe aos riscos que se submetem ao realizar essas atividades???

Vamos começar pensando que as pontas das unhas são uns dos lugares mais contaminados do corpo. Ali achamos uma enormidade de organismos biológicos e particulados de toda espécie.

Isso se dá porque botamos as mãos em tudo!!! E depois botamos na boca, depois coçamos o pé, depois fazemos um sanduíche, comemos e lambemos os dedos de tão bom que tava!!!

Alguém deve estar falando agora: Peraí mas eu lavo as mãos!!!

Que bom! Lavar as mãos ajuda muito mas nunca iremos "esterelizar" as mãos. E nem precisamos! Para isso mesmo temos um sistema de defesa em nosso organismo que se fortalece a cada dia todas as vezes que entramos em contato com agentes potencialmente nocivos.

O problema é que, às vezes, a gente acaba adoecendo.E isso pode ocorrer por culpa nossa!

Vamos voltar ao exemplo da manicure e pedicure.

Seu corpo está lá, resistindo bravamente contra todo tipo de agressão que o mundo a nossa volta possa oferecer. E o que a gente faz? A gente resolve tirar pequenos fragmentos da pele que protege nossas unhas e abrir uma porta de entrada com uma faixa enorme de boas vindas para qualquer coisa queira visitar as camadas mais profundas da nossa pele.

Falando assim não parece muito inteligente né!?!

E para ficar mais interessante a gente pensa, e se todo mundo usasse os mesmos materiais para fazer isso??? Ia ser muito legal!!!

É isso mesmo que acontece! Frequentemente vamos a salões sofisticados e utilizamos materias que não foram devidamente higienizados. Muitas vezes ficaram só numa solução degermante e depois passaram um tempo dentro de um forninho elétrico (daqueles que fazem minipizzas em casa).

A verdade é que uma enormidade de doenças podem ser veiculadas no ato de fazer as unhas. Quem nunca teve um "bife" arrancado na manicure? Ou teve uma vermelhidão em torno das unhas? Ou mesmo uma infeção mais séria?

Pior são as condições que não se manifestam tão claramente aos olhos como as hepatites (de todos os subtipos).

Bem verdade que uma série de salões já se adaptaram e oferecem luvas e lixas descartáveis mas ainda não vi nenhum que possuísse um AutoClave (dispositivo esterilizador utilizados em hospitais e consultórios odontológicos!).

Falta a população desenvolver o hábito de ter seus próprios alicates e instrumentos para fazer as unhas. E saber cuidar deles é óbvio!

Resovi pegar um exemplo bem corriqueiro que vemos muito em consultório, a micose das unhas (Onicomicose) para que vocês possam entender o prejuízo que podemos tomar se não observarmos cuidados simples.

A Onicomicose é uma infecção que ataca as unhas, e pode ser produzida por qualquer tipo de fungo. Essa infecção pode ser adquirida de várias formas, e também ao contato com alicates e tesouras que estejam contaminados. Os fungos se alimentam da queratina que forma as unhas.

As unhas dos pés sofrem mais com essa doença pois o uso constante de tênis e sapatos, cria o ambiente perfeito ao desenvolvimento dos fungos.

Tudo começa como uma mudança na cor da ponta da unha (amarelada, esbranquiçada ou amarronzada) depois se espalha em direção à cutícula. A unha fica quebradiça e pode até mesmo cair deixando a pele exposta. O que sobra da unha pode ficar contorcida e irregular. E fica assim, indefinidamente, se não tratada.

Se você tem qualquer dessas alterações deve procurar um médico para estabelecimento do diagnóstico e do tratamento, o mais precocemente possível. O problema é muitas pessoas acham que as alterações iniciais são normais e só procuram atendimento quando o quadro se agrava. Isso pode prolongar o período de tratamento.

O tratamento pode ser feito de várias formas: com cremes, soluções e esmaltes, ou por meio de medicação por via oral. Geralmente o uso de tratamentos locais somente não resolve a infeção primária. E o tratamento via oral (que tem efeitos adversos no fígado) muitas vezes falha e o quadro retorna. A associação dos dois tratamentos durante pelo menos 3 meses é frequente e uso a longo prazo do tratamento local também é comum.

Isso ocorre porque pode levar de 6 a 12 meses para que uma unha doente seja totalmente substituída por nova unha saudável e neste período o tratamento não pode ser interrompido.

Enfim! Uma chatice!..

Portanto use material de manicure próprio, descartável ou esterilizado. Evite o uso calçados fechados. Mas se usar, use sempre com meias de algodão, que absorvem melhor a umidade dos pés.

É isso ou arriscar um ano de tratamento!

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Para quem quer dicas sobre design de interiores e unhas decoradas - @BelaSM @Margaretss

sábado, 19 de novembro de 2011

DOR: MAS AFINAL O QUE É?

Não temos problemas para descrever sensações positivas, alegria, felicidade... Mas como definir a dor? Haveria uma definição precisa desta desagradável experiência? Haveria algum propósito em vivenciar tal sensação?
Talvez exista?..
A Associação Internacional para o Estudo da Dor define dor como uma “experiência sensitiva e emocional desagradável decorrente ou descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais”.
Desta forma, devemos compreender a Dor como um evento real, de características multidimensionais e principalmente de ordem subjetiva. Simplificando, cada pessoa aprende a perceber, interpretar e definir sua própria Dor ao longo de sua existência, a cada experiência vivida. Assim a dor que sentimos depende da nossa capacidade em discriminar os estímulos dolorosos, interpretá-los e de nossa interação emocional com os mesmos. Resumidamente, a dor tal qual a sentimos hoje é resultado de todas as dores já percebidas ao longo de nossos anos de vida e da maneira que reagimos e nos adaptamos a cada uma delas.
Uma dor aguda nos avisa que algo está nos ameaçando e que precisamos nos defender. Uma lesão foi produzida ou está ocorrendo em um tecido, foi percebida pelas vias sensitivas específicas, causando toda uma série de eventos biológicos que nos permite modular a sensação desagradável de modo que possamos tolerá-la, e nos colocando em estado de alerta para que possamos fugir ou nos defender de futuras lesões.
A Dor Crônica é diferente...
Quando um processo doloroso se instala cronicamente, o processo biológico causador do evento inicial (queimaduras, traumas contusos, infecções, etc.) já cessou. No entanto, os processos de percepção e adaptação a dor foram comprometidos causando comprometimento da capacidade física e emocional do indivíduo, levando a perda da qualidade de vida, incapacidade laboral e distúrbios psicossociais importantes que acabam por produzir um sofrimento muito maior do que àquele experimentado à época da lesão inicial.
Assim a Dor deve ser considerada como um importantíssimo fator a ser avaliado na história de todo o indivíduo que procure auxílio médico ou de qualquer outro profissional da saúde. Sua avaliação deverá ser minuciosa e multidimensional. E, muitas vezes, mais de uma especialidade médica ou afim será necessária para a total resolução do sofrimento em questão.
Finalizando, Saúde é coisa séria e deve ser objeto do trabalho apenas de profissional extremamente capacitado afim de que não ocorram malefícios ainda mais graves por conta de terapias ineficazes ou freqüentemente mal indicadas.
Em caso de Dor procure um Médico. Evite a automedicação, pois seus riscos não superam os benefícios de um correto diagnóstico e tratamento preciso.

sábado, 12 de novembro de 2011

Scanner digital: Novo aliado contra as drogas!

Uma empresa inglesa desenvolveu um scanner portátil que avalia e detecta em poucos minutos a presença de uma série de drogas no organismo do indivíduo através de sua digital. Isto só é possível devido uma série de resíduos (metabólitos) oriundos do uso de drogas ilícitas estarem presentes no nosso suor.

O protótipo na foto tem seu lançamento programado para 2012 e acredita-se que seu laçamento alcançará interesse mundial em face das múltiplas aplicações para o dispositivo como no auxílio da justiça no campo da perícia forense. Em poucos minutos poderia ser determinado se o condutor de um veículo envolvido em um acidente estaria ou não sob o efeito de narcóticos ilícitos não detectáveis ao teste do bafômetro, por exemplo. Pode ser usado também por comissões anti-dopping.

Os fabricantes alegam que a tecnologia empregada no dispositivo é impossível de ser burlada e que o mesmo pode ser programado com diferentes cartuchos para detectar uma série de drogas desde a nicotina até a cocaína ou maconha.

Imagina se a moda pega entre os pais?..

ACUPUNTURA - O QUE ELA PODE FAZER POR VOCÊ!


A Acupuntura é a estimulação de pontos corpóreos, através de agulhas de finíssimo calibre, objetivando a obtenção de efeitos terapêuticos específicos.

Embora nem todos os efeitos da Acupuntura estejam sumariamente descritos sob a ótica da medicina ocidental, estudos científicos diversos demonstraram e comprovaram de forma irrevogável através de testes laboratoriais e exames tomográficos funcionais que esta é capaz de tratar estados álgicos (dolorosos), inflamatórios, neuropatias, dores miofasciais, alterar o metabolismo endócrino (hormonal), ativar o sistema imunológico (defesas) e modular a atividade do sistema nervoso autônomo (sono, concentração, memória, etc.). Efeitos estes com enorme potencial no tratamento da saúde e na promoção da qualidade de vida do pacientes.

Os fundamentos terapêuticos da Acupuntura são hoje explicados através da neurologia, da imunologia e da endocrinologia; o que permitiu a constituição da Acupuntura em uma Especialidade Médica reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina.

O mecanismo pelo qual o efeito da acupuntura se dá é complexo e exige conhecimentos integrados de anatomia, histologia, fisiologia e patologia humanas. Resumidamente, os estímulos adventos da inserção da agulhas feitos em regiões neurorreativas específicas (“pontos de acupuntura”), são detectados pelo sistema nervoso central.

Isto provoca uma resposta neuromoduladora periférica e central, uma nova adaptação neurofisiológica que se expressa no local da inserção da agulha, na medula espinhal e no sistema nervoso central. Tudo isto resulta na liberação de variadas substâncias (principalmente neurotransmissores) que ativam processos fisiológicos corporais cujos efeitos normalizam as funções motoras, sensoriais, autonômicas, neuroendócrinas, imunitárias, facilitam o controle e a expressão emocional, além das regularizar as atividades do sistema nervoso central.

Atualmente o termo “Acupunturologia” é usado para distinguir a especialidade médica que se dedica ao estudo e pesquisa dos conhecimentos oriundos Medicina Tradicional Chinesa (MTC) contemporaneamente investigados e comprovados à luz da metodologia científica, através de modelos de pesquisa básica em laboratório e estudos clínicos controlados utilizados pela Medicina Ocidental Moderna. Entendemos que o termo Acupuntura Médica é claro, objetivo e deve ser amplamente utilizado para diferenciar a prática médica da acupuntura daquela praticada por outros setores da sociedade, por entendermos que:

- A arte diagnóstica médica, quer seja esta apenas a luz da MTC ou em associação com a Medicina Ocidental Moderna, é atribuição específica da classe médica regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina;

- A prática de qualquer tratamento médico exige conhecimentos específicos sobre todas as áreas do saber médico e não somente de uma única especialidade;

- A Acupuntura é um Ato Médico;

- Nenhum procedimento, quer seja diagnóstico ou terapêutico, é isento de riscos e complicações inerentes a cada um deles;

- Somente médicos estão capacitados para lidar com os quadros citados acima valorando e preservando a integridade da vida humana.

Desaconselhamos a busca de tratamento utilizando as técnicas diagnósticas e terapêuticas de Acupuntura por indivíduos não-médicos.

Antes de iniciar qualquer tratamento procure seu médico.



Dr. Alexandre H. Eller, MD
Médico do Centro Médico da Coluna Vertebral
Membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura

Centro Médico da Coluna Vertebral
Torre Saúde São Mateus
Av. Santos Dumont, 5753, Sala 206
Fortaleza - Ceará - Brasil
Fone/Fax: (85) 3265 8300 e (85) 3242 9263

http://www.centromedicodacoluna.com.br/

Sites sugeridos:
http://www.cmacupuntura.org.br/
http://www.smba.org.br/
http://www.medicalacupuncture.org/
http://www.medical-acupuncture.co.uk/
http://www.amba.org.br/

Dores nas costas: Você tem cuidado de sua coluna?!?

A coluna vertebral possui 33 vértebras e abriga um delicado órgão que serve de ligação entre a cérebro e o corpo - a medula espinhal. Nossa coluna promove a flexibilidade e a resistência necessária para realizar os inúmeros movimentos que somos capazes de fazer.

Infelizmente, muitas pessoas não se cuidam apropriadamente e desenvolvem hábitos que serão prejudiciais as suas costas. Daí a frequente incidência de dores nas costas - 60 a 80% das pessoas irão padecer de dores na coluna em algum momento de suas vidas. Mas muitas delas poderiam evitar esse mal observando a correta postura e alguns cuidados bem simples como exercícios e evitando carregar pesos excessivos.

Muitas vezes as dores nas costas serão passageiras, durando em média 10 dias e não representarão limitações ao indivíduo. No entanto, se as dores forem recorrentes e fortes, devemos sempre procurar um especialista.

O diagnóstico de dor nas costas pode representar um desafio tanto para médicos como pacientes já que a dor é, também, um experiência subjetiva e individual. Muitas das condições dolorosas podem não ser detectáveis por nenhum exame complementar, restando apenas o ato médico para o diagnóstico. A síndrome miofascial (já abordada neste blog) é um perfeito exemplo de condição dolorosa cujo diagnóstico é essencialmente clínico.

As dores nas costas também podem se localizar em diferentes pontos da coluna, ou em sua proximidade, exibindo diferentes caraterísticas (em peso, choque, queimação) associada, ou não, a irradiação  para outras partes do corpo. Cada uma destas informações é fundamental para o diagnóstico médico. Assim, é fundamental que a consulta seja conduzida sem pressa, por um profissional experiente e capacitado.

Vejamos alguns exemplos de dores nas costas:

Cervicalgia - é a dor localizada no pescoço, muitas vezes associada a rigidez por esforços musculares repetitivos ou vícios posturais.

Dorsalgia - é a dor localizada na parte atrás do tórax, comum em indivíduos que realizam o movimento de "remada" ou similares. Muitas vezes se localiza na entre a coluna e a escápula. Algumas vezes pode ser proveniente de condições patológicas em órgãos torácicos profundos como a irritação da pleura (serosa pulmonar) e se apresenta como dor em pontada à inspiração.

Lombalgia - é a dor que se localiza na região lombar. De longe o tipo mais frequente de dor nas costas, podendo ter inúmeras causas. Cabendo ao especialista a avaliação da possível ocorrência de cada uma delas.

Algumas condições podem favorecer ao aparecimento de dores nas costas. Contribuem principalmente para isso o sedentarismo, a obesidade, o vício postural, o avanço da idade, o fumo (tabagismo) e carregar peso excessivo ou de forma inapropriada.

Fumar leva a uma circulação sanguínea menos eficaz propiciando dores musculares e menor hidratação dos discos vertebrais.

Um aumento moderado do peso corporal leva uma sobrecarga bem maior do que a coluna habitualmente tem de suportar, levando ao maior desgaste de todos os seus componentes e ao estresse da musculatura paravertebral. Da mesma forma, carregar peso excessivo, ou de forma inapropriada, contribui para esse mecanismo.

Muitas vezes não nos damos conta que realizamos diversos movimentos de forma inapropriada. Não é incomum que os pacientes nos contem histórias de dores súbitas após movimentos simples como levantar de uma cadeira ou pegar uma criança no colo.

Ter uma boa postura e consciência corporal a realizar mesmo os movimentos mais simples, pode ser de grande ajuda na prevenção de dores agudas e na atenuação das crônicas. Em casos mais graves pode ser necessária a reeducação postural supervisionada por profissionais capacitados.

Diversos são os tratamentos para as dores na coluna. Entre eles destacamos a eficácia da Neuroporação, do Coreback (Terapia Dinâmica da Coluna Vertebral) e da Terapia de Pontos Gatilho, tão importantes no tratamento conservador das hérnias de disco.

Mas o que fazer sobre o avanço da idade? De fato nada podemos contra a ação do tempo. Contudo, observar os devidos cuidados ao longo do tempo levará a um menor desgaste dos elementos da coluna e a um ganho de qualidade de vida ao longo dos anos. Da mesma forma, o combate permanente ao sedentarismo promoverá um ganho extra na força muscular, na flexibilidade e na circulação corpórea ao longo dos anos em comparação aos indivíduos que não praticam atividade física.

Portanto, levante-se e vá caminhar um pouco! Cuidado com longos períodos sentado na frente da televisão ou do computador. E lembre-se! O corpo que você tem aos 20 e poucos anos foi o que Deus te deu, o que você tem aos 60 anos foi o que você preservou...






Atenção!

Se você sente dores fortes nas costas com frequência superior a 3 vezes no ano, se estas duram mais que 10 dias ou está com um dor aguda intensa que não cedeu ao uso de uma ou duas doses de analgésico:

PROCURE UM MÉDICO ESPECIALISTA!

Diversos casos agravam desnecessariamente pela demora em procurar o atendimento apropriado ou na aplicação de tratamentos inadequados às patologias que hora se apresentam.





terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pesquisadores Brasileiros apontam a Obesidade como fator de risco para o desenvolvimento do Câncer.


Estudo publicado nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia apontam que aproximadamente 25% dos casos de câncer são decorrentes do excesso de peso e do modo de vida sedentário.

Mesmo com resultados tão alarmantes o mundo ainda vive uma pandemia de obesidade. Neste estudo, os pesquisadores apresentaram um revisão das evidências que relacionam a obesidade ao câncer colorretal, mamário na pós-menopausa, endometrial, pancreático, prostático avançado, hepatocelular, de bexiga, renal e esofágico. Concluiram que a obesidade pode aumentar o risco de vários tipos de câncer por diversos mecanismos e esperam o aumento da incidência destas doenças em um futuro próximo. Assinalam ainda que é fundamental o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas para a obesidade.


Resta-nos refletir porque esta informação não é propagada nos meios de comunicação da mesma forma que outras igualmente importantes como os malefícios do tabagismo.

Assim, mais que benefícios estéticos, um estilo de vida saudável baseado em uma boa alimentação e atividade física regular pode garantir uma vida longa e diminuir o risco de enfermidades graves como o câncer.

Se você está acima do peso ou é sedentário procure orientação profissional antes de realizar mudanças na alimentação ou praticar exercícios.

sábado, 5 de novembro de 2011

Cuidado! Tênis novo, pisada nova...


Recentemente, fui chamado em caráter de urgência para atendimento domiciliar de uma paciente jovem que apresentava fortes dores na perna esquerda.


O exame físico revelava pontos miofasciais na região pré-tibial e limitação da marcha em face da baixa amplitude de movimentos do pé esquerdo.

Durante a consulta, a a paciente referiu ser atleta amadora, habituada a atividade física de alta intensidade como meia-maratonas. Por isso mesmo não compreendia porque após participar de um desses eventos, desenvolveu o quadro de dor aguda.

Referiu que tomava todos os cuidados na prática esportiva, sempre supervisionada por profissionais capacitados. Fazia uso de tênis apropriado e que recentemente havia passado por uma avaliação fisioterápica para o desenvolvimento de uma palmilha para correção de sua "passada" e aprimoramento de sua técnica de corrida. Para tanto comprou ainda um par de calçados profissionais para corrida.

Era evidente o descontentamento e a dúvida da paciente.

Contudo uma simples pergunta foi suficiente para determinar a causa do quadro que se apresentava...

Ao ser perguntada quando havia comprado seus novos equipamentos, a paciente referiu que fora uma aquisição recente, dias antes da participação de uma meia-maratona. Eis o problema...

Ao fazer uso de acessórios cinético-terapêuticos devemos observar um período de adaptação. Quando os dispositivos promovem uma nova forma de pisar há consequentemente um novo tipo de recrutamento dos grupamentos musculares envolvidos neste processo. Haverá um período de desconforto característico onde a musculatura se adaptará progressivamente ao novo equilíbrio dinâmico promovido pela associação da palmilha ao tênis de corrida.

Ao não realizar tal adaptação antes da participação de eventos esportivos extenuantes como uma corrida de longa duração, a paciente submeteu sua musculatura a um novo e intenso processo de trabalho propiciando ao instalação da síndrome miofascial (você encontra postagens sobre essa síndrome em nosso blog).

Administramos o correto tratamento e sugerimos o repouso adequado até a reversão total dos sintomas.

Assim, verificamos aqui a importância do bom diagnóstico através de uma consulta médica apropriada. Salientamos ainda que o mesmo processo ocorre sempre que compramos calçados novos. Portando cuidado ao adquirir novos produtos para uso pessoal, quer seja para lazer ou esportivo, pois nem sempre o muito caro é necessariamente o que você precisa. Faça sempre avaliações especializadas ao praticar esportes e respeite todas as orientações dos profissionais envolvidos.

Um grande abraço,

Alexandre H. Eller


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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Doutor aonde está meu bebê? VANISHED TWIN - A Síndrome do Gêmeo Desaparecido!


Há poucas semanas fui procurado por uma paciente pedindo esclarecimentos sobre uma situação muito perturbadora. Ela havia se consultado com outro profissional mas permanecia com dúvidas sobre o que estava acontecendo.

Em suas mãos, algumas ultrassonografias...

Tratava-se de uma gestante ainda com cerca 12 semanas (2º mês). Seus exames eram claríssimos! A primeira ultrassonografia mostrava dois embriões com 6 semanas. Gêmeos Fraternos (não idênticos)!

Cada um possuía placenta e bolsa amniótica próprias. No entanto, no segundo exame, realizado nas últimas 24 horas, mostrava apenas um feto com 12 semanas.

Não restava dúvidas! Um gêmeo havia desaparecido!..

Naturalmente ela perguntava aonde está meu bebê?!?

A resposta, apesar de simples, pode gerar dúvidas e surpresa a qualquer pessoa. Infelizmente um dos gêmeos havia perecido. Não é tão incomum que as gestações gemelares apresentem algumas complicações. Dentre as mais comuns podemos citar a prematuridade e gêmeos de diferentes tamanhos (mesmo quando idênticos).

Neste curioso caso ocorreu um fato muito bem descrito na literatura médica o VANISEHD TWIN (no inglês "gêmeo desaparecido"). Nestes casos, em ocasiões precoces da gestação de gêmeos ocorre a interrupção espontânea de uma das gestações, ou como dito popularmente, um aborto, sem qualquer sinal de dor sangramento ou outro sintoma. Muitas vezes tal fato não chega nem a ser registrado pois muitas gestantes só realizam a primeira ultrassonografia acima das 10 semanas.

Mas porque isso acontece? 

Vamos pensar sob o seguinte aspecto, a gestação humana é um processo fino e delicado. Para que uma gravidez ocorra tranquilamente todas as funções vitais da mãe e do filho devem ser normais e constantemente preservadas.

Naturalmente, sabemos que durante a gravidez todos os órgãos da mulher trabalham em sobrecarga e desta forma exigem mais do corpo da mãe. 

Agora imaginem a gestação de gêmeos!..

São duas novas vidas que devem ser geradas e sustentadas por cerca de 40 semanas. Podemos dizer simplesmente que se trata do dobro de trabalho e as funções que normalmente antederiam apenas a uma criança, agora devem ser suficientes para sustentar duas.

Mas o que ocorreria se as chances de um dos fetos fosse comprometida por um defeito genético ou fisiológico? Como sustentar a gestação de gêmeos se um deles está comprometido desde o início de seu desenvolvimento?

São em situações como estas que percebemos a complexidade da vida humana, o quanto nossos corpos são programados para se adaptar e sobreviver a diferentes situações.

Na Síndrome do Gêmeo Desaparecido um dos fetos perece em favor da preservação da vida daquele que tem mais chances de sobrevivência. 

Há aqueles que vejam nesta situação, sob o aspecto da espiritualidade ou da poesia, o irmão que se sacrifica para a o benefício do outro. Mas isso não nos cabe discutir afim de respeitar a liberdade de credos e a ética.

Mas em verdade, de alguma forma, a escolha do filho mais viável é feita e as funções maternas são preservadas a tal ponto que a mulher nada sinta ou demonstre. Chegando ao ponto de total reabsorção do feto perecido sem haver qualquer sinal daquela gestação outrora detectada.

Enfim, com muito cuidado, tentei confortar aquela futura mãe, dizendo que o que ocorrera não era fruto de uma doença em curso mas sim o desfecho mais favorável para que aquele filho sobrevivente se desenvolvesse com maior chances de uma gravidez normal e tranquila.

Mais conformada, ela se foi um pouco mais tranquila do que chegou.

E eu fiquei ali, grato por poder ajudar, perguntando-me porque se torna cada vez menos frequente dar as informações tão necessárias ao conforto de nossos semelhantes...