As preocupações centrais da Fisioterapia são as disfuções do movimento e os distúrbios sistêmicos. Neste contexto o estudo da patocinesiologia é fundamental, pois através do conhecimento especializado de processos de investigação clínica, conseguimos avaliar de forma crítica sinais e sintomas inerentes da cinética humana e assim elaborarmos o DCF. Para o clínico geral fisioterapeuta, basicamente, estudar patocinesiologia é aprender a elaborar o DCF.
A patocinesiologia tem o objetivo de conhecimento e entendimento de fatores cinesiológicos funcionais, além de sua mensuração e quantificação. Este conhecimento nos permite analisar com propriedade os mecanismos e as conseqüências de alterações específicas no organismo humano.
O fisioterapeuta tem um papel importantíssimo nessa elaboração, pois a análise das relações anátomo-funcionais do sistema músculo-esquelético e dos movimentos gerais específicos produzidos pelas várias cadeias osteoartromioligamentares do corpo humano, são de domínio próprios deste profissional. Exigindo competência para interligar os conceitos relacionados à contração muscular, à bioquímica e ao custo energético do trabalho muscular com as ações terapêuticas pertinentes à resolutividade dos fenômenos produzidos pela geração da perda de efetividade da motricidade.
São agregadas diversas informações de alta complexidade aprendidas durante a formação acadêmica, para trazer à tona os fatores fortes e fracos dentro da semiotécnica do estudo do movimento.
A Patocinesiologia estuda elementos conceituais que incluem a gravidade, pressão, a inércia, a elasticidade, a resistência, as forças articulares e ligamentares e, sobretudo, a ação muscular. Estes conceitos estão presentes durante 100% do tempo do trabalho do fisioterapeuta, seja qual for a área de atuação ou o tipo de técnica empregada na sua abordagem clínica .
O mais importante é o reconhecimento da assistência fisioterapêutica baseada na patocinesiologia para nos aproximarmos ao máximo do estado de arte da Fisioterapia baseada em evidências.
O fisioterapeuta tem a capacidade de diagnosticar uma série de mudanças articulares,musculares, tendinosas sem a necessidade de se envolver com a nosologia, mas avançando no campo das propriedades patocineciológicas e patomecânicas. Dados como ângulos, momentos articulares, pressões, equilíbrio estático e dinâmico são envolvidos nessa análise através de exames funcionais como a Baropodometria, Dinamometria Computadorizada, Biofotogrametria, Mensuração Computadorizada de Parâmetros Espino Pélvicos que servem de ferramentas para reforçar o DCF.
A natureza do diagnóstico em Fisioterapia não é a mesma de outros profissionais de saúde. Não está no no nosso foco a preocupação com a patologia clínica, de base, mas com o efeito dessa patologia na motricidade, na independência functional e na postura do indivíduo. A abordagem fisioterapêutica se tornou amplamente complexa, com conceitos de diagnose e terapia pautados em elementos específicos como a Manipulação Miofascial, Reeducação Postural Global, Eletroterapia, Terapia Neural, de técnicas como FNP e protocolos como Coreback* que envolve todas as etapas conceituais(regressão de fase inflamatória, análise biomecânica computadorizada, DCF, Reequilíbrio Dinâmico Espino Pélvico). É protamente combatido o uso de filosofias arcáicas de manipulações agressivas e estáticas e uso de conceitual disfarçado da abolida mecanoterapia Se dizemos que somos especialistas no sistema neuro-músculo-esquelético, se tratamos da função movimento e da função postura, isto é uma lógica. Precisamos saber diagnosticar e saber intervir. E ser responsável por isso, apoiado em evidências científicas e clínicas, com o máximo de integração profissional e o mínimo de empirismo.
Dr. Wiron C. Lima - PT;EDFCR
Olá Dr. Alexandre, tudo certo? Primeiramente parabéns pelo blog...
ResponderExcluirEstou com um problema e gostaria de pedir sua opinião... Há mais de um ano tenho tido problemas com dores no pescoço, que se alastram para o omoplata esquerdo, sendo que +- 1 vez por mês ocorre um episódio de torcicolo.. anteriormente a essas dores, sentia fraqueza moderada na mão e no braço esquerdo. Já troquei de travesseiro e tenho me policiado quanto à postura. Há quase 1 ano e meio tenho ido a ortopedistas em minha cidade, e o máximo que fazem é passar relaxantes musculares.. nao pediram raio x ou RM até agora e isso está me incomodando um pouco. A causa das dores pode ser algum tipo de comprensão, certo? Se for uma hérnia, por exemplo, o aconselhavel seria remédio ou cirurgia? É muito "grosseiro" eu falar o que acredito ser a causa das dores e pedir os exames?
Desde já agradeço,
Gustavo.
Caro Gustavo,
ResponderExcluirDores irradiadas podem ter sim causas compressivas como hérnia discal. No entanto a dor ocorre por um quadro químico (inflamatório), a compressão em si causa perda da força e da sensibilidade. Analisando a história dos seus sintomas é provável que a síndrome miofascial (dor músculo-esquelética) seja a causa primária do seu problema (e portanto não detectável em exames de imagem). No entanto, o diagnóstico diferencial de hérnia discal deve ser considerado. O melhor é buscar um diálogo aberto com o médico assistente.
Trazer ao conhecimento do médico sua aflição e dúvidas não pode ser considerado uma grosseria.
Faço o convite para conhecer o site do centro médico da coluna www.centromedicodacoluna.com.br.
Fico a sua disposição para outros esclarecimentos.
Atenciosamente,
Dr Alexandre H. Eller
Olá Gustavo!
ResponderExcluirTudo bem?
Sou fisioterapeuta do Centro Médico da Coluna Vertebral-CMCV, em nosso serviço temos realizado poucos atos cirúrgicos e normalmente esses problemas são bem resolvidos com Neuroporação, Fisioterapia e Acupuntura.(mas, cada caso é um caso)...Acredito que o melhor é passar pela avaliação clínica especializada e depois tomar a decisão cabível.
Abs