
Além da disfunção do sistema do nervoso central, alterações musculares e alterações histológicas são observadas nos diversos pontos dolorosos corpóreos. Nestes há maior quantidade de fibras musculares rôtas e contraídas, levando a fraqueza muscular e ao comprometimento da microcirculação. Isto causa isquemia e hipóxia tecidual, perpetuando o ciclo da dor.
O controle dos sintomas é difícil. Apenas 5% dos pacientes alcançam a regressão total dos mesmos por mais de 3 meses. Muitas vezes o tratamento farmacológico deve ser prolongado. Contudo, pode haver grande melhora e recuperação quando há o tratamento adequado, a reeducação dos hábitos individuais e a promoção de hábitos de vida saudáveis como a boa alimentação e exercícios periódicos alternados a adequados períodos de sono e repouso.
A Fibromialgia acomete mais o sexo feminino (7:1) e atinge 2 a 6% da população geral. Inicia-se na terceira década de vida mas é mais incidente entre os 40 aos 50 anos. Estima-se que a incidência possa ser ainda maior devido a dificuldade diagnóstica e a coleta de dados precisos sobre a doença.
Quadro Clínico


Outras queixas ainda são freqüentes: formigmento e adormecimento de áreas corpóreas, dificuldades auditivas, visuais e vestibular, nistagmo, sintomas genitourinários, palpitação e congestão nasal. No entanto o maior número de sintomas não está associada diretamente a gravidade da Fibromialgia.
A diminuição da capacidade muscular funcional, da amplitude de movimentos e da capacidade aeróbia são outras características importantes da síndrome fibromiálgica.
São critérios obrigatórios ao diagnóstico:
- Presença de sensibilidade dolorosa generelizada;
- Dor ou rigidez em pontos corpóreos (3 ou mais);
- Duração de 3 meses;
- Ausência de lesões traumáticas ou patologias clínicas que causem o quadro álgico.
Alguns autores preconizam a presença de pelo menos 12 pontos dolorosos para o diagnóstico de Fibromialgia.
Já o Colégio Americano de Reumatologia segue os seguintes critérios desde 1990:
- Dor difusa e bilateral por todo o corpo;
- Presença de 11 de 18 pontos dolorosos à palpação ou ao uso de algômetro (4Kg/cm2).
O uso desses critérios confere ao diagnóstico clínico com 88% de sensibilidade e 85% de especificidade para Fibromialgia.
A seguir uma figura ilustrativa dos pontos dolorosos usados no diagnóstico:
Exames complementares
O diagnóstico de Fibromialgia é essencialmente clínico. Os exames complementares em geral são realizados para excluir outras causas da dor. O Eletroencelafograma pode evidenciar o sono alfa-delta (“sono não reaparador”).
Existem fatores que se associam, precipitam ou atenuam a doença. São eles:
Fatores associados
Alterações do sono, fadiga, depressão,sedentarismo, vício postural,fatores ambientais, dores miofasciais.
Fatores precipitantes ou agravantes
Infeção,sono não reparador, atividade física excessiva, sobrecarga muscular, fatores emocionais e grandes períodos em posturas inadequadas.
Diagnóstico Diferencial
Sempre é fundamental descartar patologias que comumente causam dor e muitas vezes cursam com a Fibromialgia. Por exemplo:
- Artrite inflamatória;
- Artropatias;
- Hipertiroidismo;
- Depressão;
- Hiperparatireoidismo;
- Polimialgia reumática;
- Tendinite multifocal.
Tratamentos

Além do alívio da dor, deve se objetivar a recuperação funcional do paciente, a promoção da saúde mental e a correção dos distúrbios do sono e do humor. Antidepressivos, relaxantes musculares, anticovulsivantes e anestésicos (locais ou sitêmicos) constituem os grupos medicamentosos mais utilizados na síndrome.
A terapia cognitiva comportamental pode ser de grande utilidade nos casos aonde o componente emocional da dor deve ser controlado.

"Antes de iniciar qualquer tratamento, procure um médico. Somente ele pode realizar o diagnóstico de Fibromialgia!"
Referência Bibliográfica
Sakata R K, Issy A M, Dor -Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM, 2 Ed, 2008.
Ai sei que tenho q tentar um profissional que me ajude, mas o sr acredita q estou chorando? Estou vendo praticamente todos os sintomas que sinto, nesse momento nao consigo dormir de dor, mas cada medico me diz algo diferente, inclusive minha irma é medica, eu ja fiz tratamento pra dor em todo corpo, desde problemas osseos, articulares e agora acham q tenho reumatismo, mas acontece que tenho tomado remedios potentes pra dor, q ja nao fazem efeito e o pior, me dao dores estomacais e irritação, mas ng sabe o que eu tenho, tenho mais de 1 ortopedista ja que sinto dores em varias partes do corpo, tenho neuro pra enxaqueca que muda de medicação a cada 3 meses e assim por diante, mas nada muda...gostaria de encontrar um profissional que ao menos cogita se esse problema sitado...Enfim, obrigada por divulgar
ResponderExcluirabraço
Fernanda
Minha fibromialgia é controlada. Há 1 ano atras tive uma crise que me deixou de cama por 3 meses. Fiz o bloqueio do nervo periferico e utilizaçao de remedios para dores'e dieta antioxidante e suplementos de vitaminas e sais minerais com nutricionista. Apos 5 meses ja sentia a diferença e apos 8 meses de tratamento do bloqueio tive alta e agora so uso medicacao e dieta antioxidante. Estou muito bem.
ResponderExcluirFico muito feliz por tornar útil esse espaço para pessoas como vocês. Agradeço a participação e convido a novas contribuições...
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